claudemir pereira

O vice Decimo, as quatro perspectivas e os três pilares do 'ajuste administrativo'

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Em entrevista à coluna, o vice-prefeito, Rodrigo Decimo, avança em questões como reforma (que ele chama de "ajuste") administrativa e diferenças entre iniciativa privada, de onde é oriundo, e gestão pública, na qual se encontra agora. Ele falta também de outras questões do governo do qual é um dos protagonistas. Confira:

Claudemir Pereira - Depois de três meses, como avalia a transição entre a gestão privada (sua vida até aqui) com atuação na gestão pública (que passou a fazer parte do seu dia a dia)?

Rodrigo Decimo - O setor privado e o setor público têm suas peculiaridades, cada um com suas dinâmicas e ritmos. O privado tem maior agilidade, procura gerar valor ao cliente e, em troca, recebe uma contrapartida. O público tem regras mais rígidas e, para estar em conformidade legal, seu ritmo é diferente e com maior complexidade, tem-se que entregar um serviço para a sociedade como um todo, harmonizar e equilibrar os diferentes. A partir de um propósito definido, para conduzir essa engrenagem, temos de fazer escolhas, suportar a dor das renúncias, porque é quase impossível contentar as diferentes verdades. Nesses três meses, tenho amadurecido e adquirido novas experiências, confio que temos um propósito bem definido e vamos fazer a engrenagem girar em torno dele, principalmente com o apoio técnico de pessoas qualificadas que também estão na gestão pública. O trabalho não será fácil, mas queremos deixar um legado para nossa cidade.

CP - Que atribuições específicas está tendo e os resultados obtidos até aqui?

Decimo - Sou um empresário e trago comigo a experiência de presidir entidades importantes. Deste período, alguns projetos importantes para nosso desenvolvimento foram iniciados, como a duplicação da RSC-287, a ampliação e a modernização do aeroporto, o ecossistema de inovação e empreendedorismo, a revitalização do nosso centro histórico e econômico, entre outros. São projetos que precisam de acompanhamento e continuidade, e que, particularmente, me são caros, e minha intenção é de que, agora, no governo municipal, possa apoiá-los ainda mais. São projetos complexos, mas tenho certeza que teremos resultados concretos.

Poderia, também, elencar a participação junto às medidas que envolvem a reedição do pacote de apoio à Cadeia Produtiva Municipal, questões internas de gestão, as ações definidas no grupo Covid, as questões da ESA e outras inúmeras ações e articulações que estamos envolvidos, mas, ressalto, é um trabalho que vem sendo construído a muitas mãos.

CP - Como projeta a reforma administrativa que, segundo o prefeito, seria uma de suas tarefas iniciais?

Decimo - É uma missão que nos foi dada e está sendo planejada faz bastante tempo, juntamente com as desafiadoras demandas do dia a dia da prefeitura. Porém, é importante ressaltar, que não chamo de Reforma Administrativa, mas de Ajuste Administrativo. Até porque são modificações necessárias para alinhar nossas estratégias e convicções em uma segunda gestão de um governo que foi aprovado pelas urnas e que necessita de avanços. Estamos tratando a gestão sob quatro perspectivas: a do "Desenvolvimento Econômico", a do "Desenvolvimento Social", a do "Desenvolvimento Urbano" e a do "Desenvolvimento Gerencial" e sob três pilares principais: gestão de processos, gestão de pessoas e tecnologia da informação. São essas perspectivas que estamos usando para nortear nossos projetos e ações que já estão em andamento e serão conhecidas em breve.

CP - Para fechar...

Decimo - Procuro ter decisões racionais, profissionais, técnicas e com as melhores intenções possíveis em prol do desenvolvimento sustentável, ou seja, respeitando as pessoas, o meio ambiente e com equilíbrio financeiro. Esse comportamento segue comigo sempre e minha passagem pelo governo municipal também terá essa marca.

Esses dois intrépidos parlamentares

Em uma sessão de duas semanas atrás, o vereador Tubias Calil (um dos retornados ao Legislativo) se viu envolvido num entrevero que causou discussão da qual participaram outros veteranos, como Helen Cabral, o também de volta Werner Rempel, e o próprio presidente da Câmara (e aliado no Legislativo), João Ricardo Vargas.

Do confronto verbal que vazou para o distinto público, a escaramuça não foi exatamente um exemplo de civilidade, algo desejável de representantes eleitos pelo povo.

Pois agora, nesta semana, foi a vez da vereadora Helen (suplente que assumiu provisoriamente há menos de um mês em função da hospitalização do titular Valdir Oliveira) a protagonizar inusitada (pelo resultado numérico) goleada, perdendo votação por 19 a 1, em torno da Resolução Legislativa que modificou o funcionamento da Casa em tempos de pandemia.

Aqui não se está a tratar do mérito. Tanto Calil quanto Helen tem lá razões para a defesa vigorosa de seus pontos de vista. No entanto, não há dúvida também que, nesses dois casos específicos, a impetuosidade (talvez decorrente da saudade da tribuna) não funcionou exatamente bem. Claro que isso é só uma opiniãozinha. Ninguém precisa concordar.

É só uma questão de prioridades, claro!

Na terça-feira, a Câmara aprovou resolução flexibilizando o cotidiano do Legislativo. Entre as novidades, o fim da proibição de viagem dos parlamentares. Não passou um dia e já surgiu o primeiro pedido para sair da cidade com as contas pagas (diárias inclusive) pelo contribuinte. Os autores são Adelar Vargas (MDB), Alexandre Vargas (Republicanos) e Admar Pozzobom (PSDB).

Os três irão ao Palácio Piratini e à Assembleia (que, por sinal, segue com reuniões apenas virtuais). Enquanto isso, em Santa Maria, as sessões voltam a ser presenciais, e existe um punhado de projetos que tramitam em regime de urgência e não são votados já há um bom tempo.

LUNETA

BRONCA LÁ

No tucanato, aparentemente, há concordância, a partir da liderança inconteste de Eduardo Leite, que concorrerá à presidência - ou ao Senado ou a nada, menos ao governo do Estado. O mesmo não se pode dizer do MDB, partido que se encaminharia para um acordo com o PSDB. Ali, o bicho está pegando nos altos escalões, opondo gente graúda e, por ora, somente nos bastidores.

SILÊNCIO CÁ

Já em Santa Maria, a repercussão simplesmente ainda não existe. Seja porque as reuniões são escassas, ou mesmo pela singela razão de que ninguém tem dúvida acerca do oposicionismo local do MDB em relação à prefeitura comandada pelo PSDB de Jorge Pozzobom. Há até quem diga ser cedo demais para colocar o assunto na ordem do dia. Talvez sim. E o colunista não duvida, mas...

2024 VEM AÍ

Que se diga: o espectro ideológico de Jader Maretoli é do centro para a direita. Mas é só. Aí, o partido é irrelevante. O colunista não vê outra explicação para o fato dele, em 2014, estar no PTB (e concorreu a deputado), em 2016 no Solidariedade (candidatando-se a prefeito) e, em 2020, no Republicanos (quando também concorreu). Descartes diria que em 2024 ele será candidato, mas agora pelo PSL, ao qual se filiou esta semana.

NO COMANDO

Maretoli chega à nova sigla com pompa e circunstância. Além de tomar conta do PSL local, com o dever de estruturar a grei para os próximos embates, também virou o presidente estadual da ala jovem do partido. O andante (partidariamente) político jura que tem "afinidade com as bandeiras defendidas pelo PSL, em especial na construção de uma sociedade mais justa, livre e solidária". Jamais o colunista duvidaria disso.

PARA FECHAR!

É necessário e apropriado o otimismo em torno da possível vinda da Escola de Sargentos das Armas (ESA). Santa Maria fez tudo e mais um pouco que podia e apresentou, corretamente, suas inúmeras credenciais. Sim, a cidade pode e merece ter a ESA. Mas, que se diga, quanto mais próximo de maio, data aprazada para a definição do Exército, maior a tensão. O que é natural, cá entre nós.

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